12
set 2016
28
ago 2016
Prêmio Educação em Saúde Ocular
Título: ÍNDICE DE PUBLICAÇÕES DE TRABALHOS CIENTÍFICOS APRESENTADOS EM CONGRESSO BRASILEIRO DE OFTALMOLOGIA: COMPARAÇÃO DE 10 ANOS (abrir)
Autores: MARIANA PEREIRA LEITE DIAS GUMIERO, JANAINA LUCILA BRABO, SUZANA MATAYOSHI
Instituição: HC – FMUSP – São Paulo – Sao Paulo – Brasil
Comentários desativados em Trabalho premiado no 60º Congresso Brasileiro de Oftalmologia 201628
ago 2016
Massive retinal gliosis without retina
“Este trabalho relata um caso raro e atípico de gliose massiva de retina que ocorreu anos após evisceração. Os autores sugerem que remanescentes das células gliais da retina possam migrar e proliferar em outros sítios, inclusive na órbita.”
Comentários desativados em Artigo de Profª Suzana Matayoshi, Prof. Walter Y. Takahashi28
ago 2016
Sobrevida pós exenteração de órbita em hospital de referência (Survival following orbital exenteration at a tertiary brazilian hospital).
“Este estudo retrospectivo mostra todos os pacientes submetidos à EO (Exenteração Orbitária) no Hospital das Clínicas da FMUSP entre janeiro de 2007 e dezembro de 2012. A média de anos de vida perdidos foi 33,9 em pacientes com menos de 60 anos, 14,7 em pacientes de 61-81 anos e 11,3 em pacientes com mais de 80 anos. Apresenta uma das menores sobrevidas da literatura, sugerindo uma necessidade urgente de melhora das condições de assistência médica para sua prevenção.”
Leia na íntegra, acessando o link:
http://www.scielo.br/pdf/rcbc/v43n1/pt_0100-6991-rcbc-43-01-00042.pdf
15
nov 2015
A Cirurgia Plástica Ocular pode ser definida como qualquer cirurgia que muda a forma dos anexos oculares (grego: plastos=transformar, mudar). Assim a cirurgia plástica ocular inclui o reparo das alterações de posicionamento palpebral, reconstrução palpebral e orbitária, conjuntivoplastia, blefaroplastia cosmética, cirurgia lacrimal, orbitotomias e cirurgias para tratamento de deformidades em cavidades anoftálmicas.
O termo conciso oculoplástica é freqüentemente utilizado no lugar de cirurgia plástica ocular e não deve ser confundido com o rearranjo cirúrgico dos tecidos oculares.
O termo cirurgia plástica, por sua vez, foi introduzido por Carl Ferdinand von Graefe nos início do século XIX.
O início da Cirurgia Plástica Ocular está profundamente ligado ao início da prática cirúrgica geral. Provavelmente a referência mais antiga de cirurgia plástica ocular é um trecho do código de Hamurabi (2250 AC), que aparentemente se referia ao tratamento de um saco lacrimal infectado. Existem referências de tratamento cirúrgico órbito-palpebral nos escritos de Hipócrates (460-380 AC) e Cornelius Celsus (25 AC-50 DC). Na literatura hindu, Susruta aparece como um grande cirurgião, com descrições sobre reconstruções e retalhos de nariz.
Na Idade Média, destacaram-se os cirurgiões árabes Ali ibn Isa (940-1010) e Albucasis (963-1013), no tratamento da ptose, dermatocálaze e triquíase.
Na Renascença, estudos anatômicos de André Vesalius (1514-1564) e Georg Bartisch (1535-1606) contribuíram para o melhor entendimento do bulbo ocular e anexos. Foi importante também, a contribuição de Ambroise Pare (1509-1590), que hoje é considerado o “Pai das Próteses Faciais”.
O século XVIII e XIX foram períodos férteis em publicações e descobertas na Itália, Inglaterra, França e Alemanha, onde cirurgiões como George Guthrie, John Dalrymple, Carl von Graefe, Johann Dieffenbach, von Ammon, Fricke, Eduard Zeis, William Bowmann e John Streatfeild para citar alguns dos nomes, que ainda podem ser lembrados como epônimos e descrições de técnicas cirúrgicas.
Os americanos consideram o oftalmologista John Wheeler (1879-1938) como o “Pai da Cirurgia Plástica Ocular Contemporânea”. Wheeler escreveu uma série de artigos a respeito de reconstrução palpebral e técnicas de correção de entrópio. Outros pioneiros americanos no desenvolvimento da Cirurgia Plástica Ocular foram Edmund Spaeth (escreveu o primeiro livro dedicado à Cirurgia Plástica Ocular: Newer methods of Ophthalmic Plastic Surgery) e Wendell Hughes (lembrado na técnica de reconstrução palpebral e na dedicação ao ensino e disseminação da subespecialidade).
Na época da Segunda Grande Guerra, a Cirurgia Plástica Ocular se tornou reconhecida nos Estados Unidos e na Europa devido à atuação no tratamento de traumatismos palpebrais e orbitárias. Nessa época, destacaram-se as figuras de Byron-Smith, Henry Stalllard e John Mustardé. Nos Estados Unidos em 1969, discípulos de Byron Smith (Charles Beyer, Thomas Cherubini, Margaret Obear, George Buerger, Robert Wilkins e William Pidde), fuundaram a American Society of Ophthalmic Plastic and Reconstructive Surgery (ASOPRS), que atualmente é a entidade que congrega o maior número de especialistas na área.
A European Society of Ophthalmic Plastic and Reconstructive Surgery (ESOPRS) é outra associação com cerca de 200 filiados, onde atuam grandes nomes como John Mustardé, Richard Collin, Serge Morax, Giulio Bonovolontà e Juan Murube.
Em novembro de 1974, numa reunião no Rio de Janeiro da Sociedade Brasileira de Oftalmologia, resolvem, o Dr. Eduardo Soares (Belo Horizonte), Dr. Eloy Pereira (Campo Grande) e o Dr. Evaldo Machado dos Santos (Rio de Janeiro) criarem o Centro Brasileiro de Cirurgia Plástica Ocular, cuja meta era congregar os oftalmologistas interessados na especialidade, divulgar os conhecimentos e desenvolver a Plástica Ocular no país.. A presidência do Centro primeiramente foi assumida pelo Dr. Eduardo Soares, com um mandato de dois anos.
Em 8 de setembro de 1979, durante o XX Congresso Brasileiro de Oftalmologia, assumiu a presidência do referido Centro Brasileiro de Cirurgia Plástica Ocular, o Dr. Eurípedes da Motta Moura (São Paulo), que juntamente com o Dr Waldir Portellinha, secretário, regularizaram juridicamente a entidade, transformando-a em Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Ocular (SBCPO), o que permitiu que ela se afiliasse ao Conselho Brasileiro de Oftalmologia dois anos mais tarde. A SBCPO é uma sociedade civil de caráter científico e sem fins lucrativos, com as mesmas metas anteriormente formuladas pelo Centro Brasileiro de Cirurgia Plástica Ocular .
Em 1997, foi lançado o livro Cirurgia Plástica Ocular, editado por Eduardo Soares, Eurípedes da Mota Moura e João Orlando Gonçalves, com participação… de 49 especialistas em Cirurgia Plástica Ocular.
A SBCPO, em 1999, em evento coordenado pelo Dr. Hélcio Bessa, comemorou 25 anos de sua fundação com um encontro científico e homenagem aos fundadores da entidade.
Evaldo Machado dos Santos
Nasceu em Jaguarão (RS) em 29/05/1916 e formou-se em 1941 pela Faculdade de Medicina da Universidade do Rio Grande do Sul. Foi discípulo do prof. Ivo Correa Meyer.
Fundou o Serviço de Oftalmologia do Hospital Central da Aeronáutica no Rio de Janeiro. Especialista em estrabismo e cirurgia plástica ocular, foi um dos fundadores do Centro … e um de seus primeiros presidentes. Foi presidente da Sociedade Brasileira de Oftalmologia em 1960 e 1961. Em 1965, junto com Joviano Rezende fundou os Oculistas Associados onde exerceu clínica particular durante 30 anos. Faleceu no Rio de Janeiro em 5/12/1999.
Eloy Pereira
Nasceu em Taubaté, SP em 20/1/1936 e cursou Medicina na Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Rio de Janeiro (hoje UERJ). Estagiou em Edinburgo com o Prof. John Mustardé, com quem viria a colaborar com um capítulo no livro Repair and Reconstruction in the orbital region.
Exerceu chefia no Hospital Hospital Pedro Ernesto-RJ em 1963-67 ( prof. Werther Duque Estrada) e foi Vice-presidente regional do Sociedade Brasileira de Oftalmologia no biênio 1973-74 . Foi professor Titular de Oftalmologia da Universidade Estadual do Mato Grosso e exerceu ainda o cargo de secretário de Saúde de Campo Grande, cidade onde vive e trabalha atualmente.
Eduardo Soares
Nasceu em Belém do Pará em 5/10/1938. Cursou a Faculdade de Medicina do Pará e se especializou no Hospital São Geraldo em 1965. Passou um tempo na Escócia fazendo seu aperfeiçoamento com o Dr. John Mustardé. Em 1968, o Prof. Hilton Rocha cria o Departamento de Cirurgia Plástica Ocular(o primeiro no Brasil), sendo que Eduardo Soares assumiu o cargo de chefia do setor.
Em 1986, o dr. Eduardo e o dr. Valênio Pérez França oficializaram perante o CBO o ensino da Plástica Ocular, criando assim o Curso de Extensão em Cirurgia Plástica Ocular. O curso em regime de dedicação exclusiva por um ano é pioneiro no ensino da especialidade, e desde então ininterruptamente tem formado especialistas na área de todo o Brasil e exterior, sendo até hoje o único curso oficial nestes moldes do país.
Atualmente com cerca de 120 sócios, a SBCPO tem lutado na reestruturação da entidade para proporcionar educação continuada, pesquisa e qualidade na prática clínica nos campos da cirurgia plástica, reconstrutiva e estética das pálpebras, vias lacrimais e órbita.
Os principais problemas enfrentados pelos profissionais da área referem-se a: honorários vis e convênios médicos, indenizações e processos crescentes contra médicos e as atitudes dominadoras e hegemônicas dos cirurgiões plásticos gerais e suas entidades em relação a outras especialidades que partilham o mesmo nicho profissional.
A SBCPO organiza anualmente dois eventos maiores (1 simpósio internacional e outro nacional no Congresso Brasileiro de Oftalmologia ou no Congresso de Prevenção da Cegueira) além de participar de vários eventos regionais e internacionais. Em relação a publicações, a área de Cirurgia Plástica Ocular tem produzido trabalhos científicos de qualidade em publicações nacionais e estrangeiras.
Os centros de formação de novos especialistas se concentram principalmente nas instituições universitárias nas várias capitais, sendo que o maior número de especialistas se concentram em São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro.
1
nov 2015
Em 23/10/2015, foi lançada a 2ª edição da Coleção Clínica Médica, produzida pela equipe da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
A secção de Oftalmologia foi coordenada pelo Prof. Remo Susanna Jr, Pedro Carricondo e Suzana Matayoshi.
Comentários desativados em 2ª edição da Coleção Clínica Médica29
jun 2015
Dra. Suzana Matayoshi fala a respeito de carcinoma basocelular – atualidades em Encontro Científico do Hospital Sadalla Ghanem – Joinville- SC.
Veja a íntegra do encontro:
Comentários desativados em Dra. Suzana Matayoshi fala a respeito de carcinoma basocelular em Joinville-SC29
jun 2015
Na criança, a obstrução lacrimal mais frequente está relacionada ao próprio desenvolvimento do sistema lacrimal de drenagem. Quando a criança nasce, cerca de 30-40% ainda não completaram a abertura do canal para o nariz: uma fina membrana existe na porção final do canal. Essa membrana pode se romper ao longo dos meses espontaneamente ou com auxílio de massagens que a própria mãe pode fazer diariamente no canto medial da pálpebra. Caso haja infecções como conjuntivites de repetição ou muita secreção, antibióticos locais na forma de colírio são utilizados. A persistência dos sintomas ou sua piora após 7-8 meses de idade, aponta para a necessidade de tratamento cirúrgico.
É um procedimento que é realizado em ambiente hospitalar com a criança anestesiada e monitorada adequadamente. Resumidamente trata-se de abrir a membrana que não rompeu sozinha. No mesmo momento, o(a) médico (a) pode verificar se está havendo passagem da lágrima pela irrigação de líquido através da via.
A criança deve estar imóvel para o procedimento que é muito delicado, qualquer movimento brusco pode desviar o canal lacrimal e causar complicações como sangramento, infecção e traumatismo nasal e lacrimal. Como há irrigação do canal, se a criança não estiver devidamente monitorada, esse líquido pode passar no nariz para traquéia e pulmões causando pneumonia grave.
Não, ela repousa durante 2-3 horas para checar se está em boas condições e depois irá para casa.
Casos de crianças maiores, ou que já se submeteram à sondagem sem sucesso, tem indicação desse procedimento, que agrega em relação à sondagem, a colocação de um modelador da via lacrimal, geralmente silicone, para manter a via aberta durante o processo de cicatrização (4-12 semanas) Fig.2. A seta indica o tubo posicionado dentro do canal.
É a cirurgia que se realiza quando o saco lacrimal estiver muito dilatado, ou nos casos de insucesso das duas cirurgias anteriores. Geralmente se indica para crianças acima de 3 anos. Resumidamente, consiste em se fazer um outro caminho para a lágrima, um atalho para a lágrima chegar ao nariz. Para que funcione, o osso lacrimal é aberto em cerca de 10 mm, para ligar o saco lacrimal na mucosa do nariz. Também se coloca um tubo modelador ao final da cirurgia.
São excelentes, todos os procedimentos tem um alto índice de sucesso cirúrgico, que no entanto varia de acordo com a experiência do cirurgião.
Geralmente o problema do canal da lágrima não causa cegueira se não tratar. As conseqüências se refletem na qualidade de vida da criança que fica com os olhos “ramelentos” e com conjuntivites de repetição. Esporadicamente pode haver infecção aguda do saco lacrimal, a dacriocistite, onde a criança necessitará ficar internada para receber antibiótico endovenoso (fig.3).
Comentários desativados em Lacrimejamento na criança29
jun 2015
Geralmente ocorre por envelhecimento do cristalino, que é a estrutura do olho que permite focalizar a imagem na retina. O cristalino é transparente. Quando ocorre opacificação (catarata), a visão se torna borrada para longe e perto.
Trauma ocular, diabetes, inflamações intra-oculares e infecções na vida intra-uterina podem causar catarata também.
A cirurgia é tratamento seguro para remoção da catarata. A pessoa pode retornar às suas atividades em poucos dias.
Geralmente o paciente é submetido à uma sedação leve. O corte é pequeno na cornea, sem suturas. A cirurgia consiste na aspiração da catarata, liquefeita por facoemulsificação. É implantada então uma lente intra-ocular que corrige o grau necessário para a pessoa enxergar.
A recuperação é rápida, podendo retornar ao trabalho em alguns dias.
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